Independente e altiva, Lúcia, a mais rica cortesã do Rio de Janeiro, não se deixava prender a nenhum homem. Até conhecer Paulo. A partir daí, ela se vê totalmente entregue; tudo o que quer é permanecer junto dele. Esse romance passa a ser o assunto mais comentado na Corte. Os comentários chegam aos ouvidos de Paulo e o incomodam profundamente. Valeria a pena romper seu relacionamento só para manter a boa imagem diante das pessoas?.Um dos mais polêmicos romances de José de Alencar.
Livro: Lucíola
Autor(a): José de Alencar
Editora: Martin Claret
Páginas: 151
Onde encontrar: Submarino, Saraiva, Americanas.
Nunca gostei de clássicos, e quando digo isso muita gente fica de boca aberta, afinal, vivo gritando para o mundo como gosto de voltar ao tempo. Viver na época em que as mulheres eram cortejadas. Na época dos grandes vestidos de anáguas sem fim. Na época dos bailes. Na época em que carroça era o único meio de transporte. Mas nunca gostei de voltar nessa época por meio de clássicos. Só que, na minha escola, a partir do nono ano começa a ser feita a leitura de clássicos, afinal, em breve teremos provas como Enem, vestibular e etc; e foi assim que conheci José de Alencar.
Digo até hoje que clássicos não me chamam atenção, mas quando tem José de Alencar, eu não consigo me controlar. Meu amor por este autor cresceu quando resolvi deixar meu pré-conceito sobre os clássicos da literatura brasileira de lado e abri meu coração para A Viuvinha e Cinco Minutos - livros que viverão para sempre em meu coração -, e logo após, Lucíola. José de Alencar me conquistou do nada e de uma forma incrível e por meio de seus livros, não só volto ao passado, como também vibro com vários amores e formas de amar.
"Eu te amei desde o momento em que te vi! Eu te amei por séculos nestes poucos dias que passamos juntos na terra. Agora que a minha vida só se conta por instantes, amo-te em cada momento por uma existência inteira. Amo-te ao mesmo tempo com todas as afeições que se pode ter neste mundo. Vou te amar enfim por toda a eternidade.(...) Terminei ontem este manuscrito, que lhe envio ainda úmido de minhas lágrimas. Relendo-o, admirei como tivera a coragem de alguma vez, no correr desta história, deixar minha pena rir e brincar, quando meu coração ainda sente saudade, que sepultou-se nele para sempre. É porque, repassando na memória essa melhor porção de minha vida, alheio-me tanto do presente, que revivo hora por hora aqueles dias de ventura, como de primeiro os vivo, ignorando o futuro, e entregue todo às emoções que senti outrora. (...) Há seis anos que ela me deixou; mas eu recebi sua alma, que me acompanhará eternamente. Tenho-a tão viva dentro e presente no meu coração, como se ainda visse reclinar-se meiga para mim. Há dias no ano e horas no dia que ela sagrou com a sua memória, e lhe pertencem exclusivamente. Onde quer que eu esteja, a sua alma me reclama e atrai; é forçoso então que ela viva em mim. (...) Há nos cabelos da pessoa que se ama não sei que fluido misterioso, que se comunica com o nosso espírito. (...)"
Alencar dá a voz à Paulo Dias, que conta a história de seu relacionamento com uma mulher, Lúcia. Ele explica que tudo começou por meio de cartas.
Ao chegar ao Rio de Janeiro, Paulo fora convidado por seu amigo, Sr. Sá, à Festa da Glória. Quando uma jovem, lhe atraiu a atenção. De início, Paulo ficara maravilhado com a beleza da mesma e nem imagina que ela viria a ser uma meretriz - ADOREI aprender essa palavra lendo o livro.
Eles foram apresentados por Sá, que já havia sido seu amante. E mesmo sabendo disso, Paula continuara com seu grande amor pela jovem, sendo seu amigo por um tempo, antes de tornar-se amante. Ele não queria nossa Lúcia como cortesã e sentia que ela também não queria apenas como mais um ganho, pela maneira como o tratava, nos seus silêncios, nos seus beijos e carícias.
Iniciaram uma relação alternada, entre inúmeras brigas e reconciliações, em que Lúcia, muita das vezes, voltava ao seu trabalho.
Aos poucos, fora lhe contando sua história e de sua família. Lúcia contara que foram morar na Corte e viviam dignamente, até que a epidemia de febre amarela levou todos seus entes, restando apenas ela. Este fato, levou-a a entregar seu corpo a um ricaço de nome Couto, em troca de ajuda. Depois deste acontecimento, foi fácil chegar ao caminho da prostituição.
Após a confissão, que levara a um belo final para o nosso casal. Lúcia se guardara e fora morar em uma casa em Santa Teresa, que alugara com a irmã, onde recebia apenas visitas de seu amado Paulo. Agora, o final, deixo para que vocês descubram!



Pna que não tenha como dar likes...
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