ô meu amor, já não se vá
que meu coração é mesmo assim,
um tanto devagar.
tu me falaste de poesias
mas eu nunca fui poeta,
não sei rimar.
ô meu amor, pra que a pressa?
é essa minha razão casmurra,
com mania de profeta.
mas calma, que se penso em retalhos
é pra acolchoar o coração.
ô meu amor, faz de mim festa
adentra nessa fresta que em meu peito há.
trasborda-me de nostalgia
por momentos que nunca vivi
e coisas que jamais senti.
ô meu amor, me enlaça no teu sorriso
põe teu vestido florido e vem pra rua sambar!
eu bem sei que essa minha indecisão errante
é coisa de gente amante,
de gente com urgência de amar.
ô meu amor, senta comigo na esquina
que é pra eu ver a vida passando pelos olhos teus.
deixa eu ir me enamorando bem devagarinho
que meu coração é passarinho



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