Acordei e a primeira coisa que fiz foi checar as notificações. Em meio as inúmeras mensagens nos grupos da família e convites para uma festa à noite, não havia nada dele.
Me levantei, fiz o café, tomei um banho quente e antes de sair para o trabalho chequei o celular mais uma vez. Não havia nada de diferente. Peguei o ônibus e desci dois pontos antes porque queria ir andando para a redação, precisava espairecer e sentir o ar frio de agosto me invadir. Me perdi em pensamentos em meio aquele mar de gente que abarrotavam o grande centro do Rio de Janeiro. Parei na banca, comprei um jornal e um caça palavras. Cheguei no trabalho, chequei o celular e nada.
Passei o dia com aquele aperto no peito de quem sabe que acabou, mas não quer aceitar. Não comi, não bebi e entre uma pausa e outra, corria para o banheiro para chorar e retocar a maquiagem. Uma colega me perguntou o que havia e eu disse que nada, era apenas o final do mês. O final.
Saí do trabalho e ao invés de ir pra casa parei em um bar que ficava na esquina. Havia passado todo o dia em volta do celular e esperando um bip diferente que não fosse a Vivo me mandando mensagens dizendo que precisava recarregar meu chip.
Duas horas e duas jarras de suco de laranja depois, as lágrimas se aproximaram e mais uma vez, não consegui segurar. Senti olhares curiosos, outros me olhavam com a pena. Estava tão na cara assim que ele havia ido? Paguei a conta e recebi um sorriso da caixa como quem quisesse dizer ''vai ficar tudo bem''. E eu sinceramente espero que fique tudo bem.
Cheguei em casa e me fundi com o sofá. Parecia que havia tomado um porre de semanas, mas não era nada. Era apenas ele que havia ido. E da forma mais dura que se podia ir, ignorando, seguindo e nunca mais voltando.



Adoro seus textos, parabéns pelo trabalho!!
ResponderExcluirObrigada, viu?!
ExcluirUm grande beijo! <3
Teus textos sempre são incríveis, eu não sei lidar com eles! A escrita é maravilhosa, parabéns
ResponderExcluirPink is not Rose
Você é sempre incrível e acalanta meu coração!
ExcluirUm grande beijo! <3
Perfeito.. parabéns pelo ótimo trabalho, nunca pare que você manda muito bem!
ResponderExcluirObrigada pela força, moço!!!
ExcluirUm grande beijo! <3
Texto tristinho que me lembrou mt meus 15 anos esperando por alguém que não ia mais voltar :(
ResponderExcluirA gente tem dessas coisas de esperar por pessoas as quais sabemos que não vai voltar, né? Mas sabe de uma coisa? Ainda bem que elas não voltam!! Assim podemos seguir levinhas e encontrar outras pessoinhas ainda mais lindas - e que valem a pena - na próxima esquina!!!
ExcluirBeijos,
Ju.
As pessoas estão cada dia mais frias e insensíveis. Tá faltando compaixão. Pessoas vem e vão de nossas vidas e não sentem nada, não constroem nada, é um ou e um tchau rápido. Os abraços tem que ser demorados, os beijos mais ainda, a vida tem que ser vivida, não em um piscar de olhos porque o tempo é bem cruel, mas cada segundo, sentir cada sensação.
ResponderExcluirÉ bem duro que as coisas sigam assim corriqueiras! Pra quem sente demais, é muito doloroso! Adorei o seu texto! Beijão.
Estou seguindo você.
www.generoproibido.blogspot.com.br
Ôh moça, que comentário mais lindo!!! Muito obrigada, viu?!
ExcluirPra quem sente demais é sempre tudo muito doloroso mesmo, mas a gente aprende depois de um tempo e as vezes transformamos em prosas como essa.
Um grande beijo!! e estou seguindo de volta.
Ju.