Título: Tá Todo Mundo Mal
Autor(a): Julia Tolezano
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 196
Classificação: ♥ ♥ ♥ ♥ ♥
Onde comprar: Livraria da Travessa, Saraiva e Livraria Cultura
Sinopse: Do alto de seus 25 anos, Julia Tolezano, mais
Família, aparência, inseguranças, relacionamentos amorosos, trabalho, onde morar e o que fazer com os sushis que sobraram no prato são algumas das questões que ela levanta. Além de nos identificarmos, Jout Jout sabe como nos fazer sentir melhor, pois nada como ouvir sobre crises alheias para aliviar as nossas próprias!
''Mas por que crises, Jout Jout? Quem sou eu sem minhas crises, não é mesmo? Minhas amadas crises. Elas é que me fizeram ter essa relação linda que tenho hoje com uma panela de brigadeiro. Por causa delas sei como é maravilhoso chorar lágrimas grossas e soluçantes por motivo nenhum. Conheço a sensação indescritível de bater as costas na parede do chuveiro e ir escorregando lentamente até o chão, aos pratos, enquanto a água quente corre solta.''
Em um dia qualquer de 2014 eu estava atoa pelo Facebook - como de costume - e vi um vídeo chamado Não Tira O Batom Vermelho. Ignorei o vídeo e continuei vendo a vida alheia que aparecia pelo feed. No outro dia, a mesma coisa, o mesmo vídeo e então eu disse ''por que não?''. Foi assim que conheci a Jout. Depois desse vídeo, eu entrei em uma longa jornada de maratona de vídeos da Jout Jout e minha vida mudou.
Hoje, é com maior alegria que venho resenhar o primeiro livro dessa pessoa incrível chamada Julia, mais conhecida como Jout Jout.
O livro começa com um prefácio do Caio, namorado da Julia, onde ele conta a história de como foi a primeira vez em que leu os textos da mesma. Sim, aquela história que os fãs da mesma já estão careca de saber, só que dessa vez vemos pela visão de Caião, o que dá um toque a mais a toda trama. Logo após, tem uma apresentação da Ju e então, podemos adentrar no mundo de crises de Julia Tolezano.
''Você não está incomodada. Você está acomodada.''
Começamos com crises básicas que todos passamos como as ilusões em que nossas mães nos colocam, escolha de curso, faculdade, a entrada na puberdade e a falta de talentos... E a cada nova página, você se sente dentro dos vídeos da Julia. Você consegue vê-la contando isso de uma forma engraçada e no final, sempre nos mostrando que por mais que na hora todos esses problemas pareçam grandes monstros, não é tão assim. E que dá para passar por tudo isso.
Além disso, você adentra ainda mais a vida da autora e sente que a conhece de anos, mesmo sabendo que ela não é mais a mesma de anos atrás, ou simplesmente do dia em que terminou de escrever o livro. Pois como a própria Julia gosta sempre de lembrar, estamos sempre em uma constante mudança e as crises, o mundo e tudo ao nosso redor nos faz mudar. Todos os dias.
''O interessante é que, quando estou solteira, algo acontece no meu corpo que me faz buscar pessoas desastrosas para fincar ao meu lado. O indivíduo pode ser o oposto do que considero aceitável, mas eu me apego de uma forma! Dodô certa vez definiu esse meu estado com a seguinte frase: se uma palmeira demonstrar algum interesse por Julia, ela se apaixona pela palmeira. Não podia estar mais correto. E esse, inclusive, é o gatilho de muitas crises.''
O livro está incrível e eu recomendo para todos. Não é um daqueles livros que vai mudar sua vida, mas já vai ajudar em umas coisinhas aqui e ali mostrando que ao longo da vida passamos por diversas crises, e que não estamos sozinhos, pois em algum cantinho desse enorme mundo, tem alguém passando pela mesma coisa que você.



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