Não sei explicar, só sei sentir

Tá. Ok. Tudo bem. Tem umas coisas na vida que são realmente muito estranhas. E essas coisas estranhas são incompreensíveis, eu até diria às vezes, mas no meu caso é sempre. Uma hora estamos bem. Outra hora, bem mal. E a vida não é justa. Ela é bem cruel, às vezes. Porque é assim: ela te dá coisas bonitinhas e nós temos sim momentos de felicidade, vários, das mais diversas formas. Mas também gosta de nos afastar de coisas que amamos. De tirar algo que temos ou nos fazer perder esperanças e nossa confiança. Como se fosse do agrado dela nos ver meio perdidos. Eu realmente não sei. Já me perdi.

Mas, sabe aquela sensação estranha dentro de você? Aquele meio vazio que você não tem noção de onde surgiu? Aquele dia esquisito que você tem? Eu particularmente estou me sentindo bem confusa. É tudo bem confuso. Esse texto é confuso. O que devemos fazer da nossa vida é confuso. Pessoas são confusas. Sentimentos. Expressões. Tudo nos confunde. Eu tentei entender mas cheguei a conclusão que existem coisas fora da minha compreensão.

O mundo parece ao contrário. Parece girar cada vez mais veloz. E espera cada vez mais de nós. E como nada vem de bandeja, temos que correr atrás. E correr cada vez mais rápido. Mas, atrás de que? É cansativo. Dá vontade de desistir. Mas não podemos. Nem devemos. Porque a falta de algo para fazer pode levar a loucura. Mas esses excessos estão me sufocando.

É tudo em excesso. Cobranças demais, sentimentos demais, pressão demais, provas, vestibulares, correrias. Demais. E, às vezes, com tudo isso esquecemos o que é realmente essencial a nós. Ou não sabemos o que seria o essencial a nós. E acabamos sem saber interpretar sentimentos por falta de tempo e espaço para pensar. Acabamos sem saber como lidar com várias situações, das mais diversas, das mais bobinhas às mais sérias. E quando eu digo que não está dando mais, é porque estou cansada, sufocada, exausta demais para o que é essencial. Parece que estão sugando minhas energias. E você se esquece até de respirar. Por favor, parem o mundo, porque eu quero muito descer. Preciso. Pelo menos para uma trégua dos excessos.