Tic-tac, o relógio bate na minha cabeça assim como os professores do ensino
médio em cobravam para estudar. O tempo, este apressado demais ultimamente, não
para. Talvez por este motivo eu me encante fácil com filmes de viagens no
tempo, como De volta para o futuro,
Máquina do tempo, Interestelar, dentre tantos outros que não convém citar
aqui.
A vida, não é esse Netflix de conta mensal e filmes ilimitados.
Ela passa.
E se algum capítulo da sua vida, sim, não terá como reprisar a série para
reviver aquele sentimento de realização ou aquele abraço em alguém que voou
para longe. No máximo o que conseguimos são flashes dispersos, momentos jogados
ao vento assim como a Casa de Up Altas
aventuras, levada pelo ar por balões coloridos. Mas voltar atrás, isso não
é possível.
Digo isso, porque tenho vivido a saudade diariamente. E não é só saudade de New
York não. Mas saudade do meu primeiro olhar nos olhos dela. Do medo e do
sentimento inebriante que era de enviar qualquer mensagem, afinal, no começo de
uma paquera, não se pode ter falhas.
Errar qualquer frase é pecado capital.
Qualquer ponto significa ser curto demais, e exclamação feliz demais. Tudo é
metricamente e simetricamente selecionado.
Sim. Passei por essa fase com honra e hoje me encontro sem mais medo de errar,
de mandar algo banal, de ser eu mesmo.
Hoje, ainda com certa sobriedade em meus atos e mensagens, passo um ar maduro.
Um ar de confiança de que tudo sei, de que tudo conheço, mas bem lá no fundo,
ela me conhece além das minhas conversas rotineiras por meio do Whatsapp.
Sou não mais o imaturo de anos atrás, mas ainda tropeço nos meus próprios
conselhos não seguidos. Afinal, antes de todo o amor acontecer comigo, me
sentia o mais esperto dos seres no quesito relacionamento.
Vi que de fato não sei quase nada. Mas sou poeta, e sei falar de amor.
Dedicado à ela.


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