Amores que marcam para sempre

Sentei na minha cama e me peguei encarando as paredes, mais uma vez. Este gesto havia se tornado constante desde quando você foi embora. Para ser mais sincero, nem era a parede que eu encarava e sim a porta. E dentro do meu coração ainda esperava que você passasse por ela e dissesse que tudo não havia passado de um mal entendido.

Nós éramos felizes. Bem, pensava eu que éramos. Não me lembro de ter falhado, e se falhei peço mil desculpas. Mas nós éramos felizes e poderíamos estar sendo até hoje, você sabe disso. 

Mas você preferiu partir. E eu fui fraco demais para te fazer ficar. 

Eu não sei se você, mas eu te amei, Amanda. Amei tanto que doía em mim pensar em algum mal te agindo. Amei tanto que larguei minha vida, meus planos para satisfazer seus encantos. Amei tanto que você passou a ser mais do que uma menina que me preenchia, você passou a ser minha metade. Me juntei a você de uma forma que nunca me juntei a ninguém, mas você resolveu partir. Você resolveu virar memória.

Virou memória e me deixou aqui, sentado nessa cama sem saber o que fazer. Virou memória e me deixou aqui, vendo você seguir a vida enquanto eu só sabia pensar em você. Virou memória e até me fez tentar seguir em frente, ir atrás de outras, quem sabe a sorte bateria em minha porta mais uma vez, mas toda essa volta ao mundo que dei só me mostrou que ninguém nunca irá preencher o seu espaço aqui dentro.

Por isso, continuo sentado nesta cama olhando para a porta e esperando que mais uma vez você entre por ela e traga toda aquela confusão que trouxe da última vez. Eu prometo que vou te abraçar, te acalmar e dizer que podemos resolver tudo isso, juntos.

Ou então, só continue aí, onde quer que for. Conhecendo outros quartos e sendo eternizada em minha vida como meu primeiro amor.