Na madrugada fria e escura,
Brilha a alvura de lua que é cheia.
E se faz dama por força do drama
Perigosa como sereia.
A brisa macabra gela e vela
As almas sem corpo que ficam pra trás
Em segredos de medos que ainda existem
Da pouca vida que já não há mais.
Entre árvores secas que secam a terra
A penumbra liberta a fera escondida
Os bichos da noite arregalam os olhos
Que não enxergam o cenário da vida.
E as almas que vagam livres de corpo
São almas que sabem e entendem de dor
Nos ruídos da noite que foge do tempo
Sua história confronta a força do amor.
E quando o vento começa a cessar,
A luz indiscreta se faz renascer
As almas se escondem no mundo que é delas



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