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26/11/2015

Escre(VIVER)

Se você me perguntasse a dois meses atrás por qual motivo eu escrevo, eu diria que era para me sentir melhor. Escrever sempre foi a minha escapatória desse mundo maluco e dessa adolescência conturbada. Eu amo conversar e não dispenso um bom ouvido que esteja aberto para ouvir meus lamentos e dramas, mas nada supera a sensação que sinto após colocar todos meus medos, dramas e desejos em um papel. É como se enfim, eu estivesse me conectando comigo mesma. Sentindo que aquilo que se passou fora real, mas agora não importa mais devido ao fato de que já acontecera. Eu escrevia para salvar almas, para salvar minha alma.

Mas devido a fatos que aconteceram nos últimos dias eu vi que não só escrevo para colocar para fora tudo o que me abomina e sim, por querer viver tudo o que posso escrever. Nem sempre os textos que eu escrevo sobre superação são de fato minhas devidas superações, muita das vezes é apenas um momento que aconteceu e que eu queria que se prolongasse, mas como muita das vezes eu não consigo levar esse sentimento longe o bastante para que ele fique, eu escrevo sobre ele. Para que ele fique em meu coração. Em minha memória. Eternizado em páginas em branco de um caderno qualquer do qual eu acharei daqui a anos e darei risada de tudo que eu escrevia.

Eu escrevo para viver uma vida que não é minha, para viver uma vida que eu queria, para viver a liberdade que é clamada a cada batida de meu coração.

Foi devido a esta descoberta que eu comecei a escrever contos e sou apaixonada por este estilo de escrita. No conto eu posso fazer os meus personagens, do meu jeito e sem ninguém para atrapalhar. Eles podem viajar para Paris, Espanha, Nova York. Pode ser ruiva e ter sardas. E tocar violão, amar MPB e o Rio de Janeiro. Ou quem sabe pode ser um astro do POP no estilo Justin Bieber. Nos meus contos, eu quem mando, eu quem comando. Eu posso ir para onde eu quiser, ser do jeito que eu quiser e fazer o que eu quiser, basta eu querer.

Então, saiba que eu escrevo para colocar para fora tudo o que sinto. Meus medos, alegrias, inseguranças, desejos e sonhos. E escrevo para viver uma outra realidade, uma realidade da qual eu sempre quis viver. Bem longe daqui, sentada em frente a Torre Eiffel com o Justin Bieber do meu lado tocando Jorge Vercillo, afinal, o meu conto é o meu sonho. E no meu sonho, os finais sempre são felizes do jeito ‘’Para Sempre da Julia’’! 

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